"OBRIGADO PATUSCO" - Reportagem em Vila Franca de Xira

Crónica: Vitor Besugo
Fotos: Pedro Batalha
No passado domingo, 3 de Julho, a praça de toiros “Palha Blanco” em Vila Franca de Xira engalanou-se para receber a tradicional Corrida Mista do Colete Encarnado, dia em que os campinos deixam o campo e vem até à cidade que os homenageia há já 83 anos

Tarde de muito calor, com toiros sérios, toureiros sérios e FORCADOS A SÉRIO.

Esta corrida foi a comemorativa do 15º aniversário do Naturales – Correio da Tauromaquia, fato que passou ao lado dos intervenientes da corrida, que poderiam ter feito um brinde à diretora do site, mas isto é normal, a comunicação social é para ser usada, já escrevi isto há uns anos em Beja pela corrida do Toureio.com, em que aconteceu exatamente o mesmo, mas é o que temos, e respeitamos.

Lidaram-se toiros da ganadaria de David Ribeiro Telles, muito bem rematados, aplaudidos quando saiam à praça.

Os Forcados de Vila Franca tiveram uma tarde fácil, não que os toiros não apresentassem dificuldades, mas porque os Forcados da cara souberam entende-los e tornar as pegas “aparentemente” fáceis.

O grupo voltou a mostrar coesão nas ajudas, tal como é seu apanágio. O seu rabejador Carlos Silva, que rabejou os quatro toiros da corrida, voltou a mostrar que é dos melhores desta arte, não pelas “voltas” que dá agarrado aos toiros, mas pelo sentido de posicionamento, entrada no toiro, e principalmente pelos “toques” que desequilibram o seu oponente, facilitando a tarefa do restante grupo, porque a principal tarefa do rabejador é ajudar a parar o toiro...

Abriu a tarde para o Grupo comandado por Ricardo Castelo, o experiente, Rui Godinho que consumou à segunda tentativa, depois de na primeira se ter desequilibrado no momento da reunião, possivelmente por ter tropeçado num buraco da arena. Seguiu-se Gonçalo Filipe com “aparente” facilidade. David Moreira fechou praça à segunda tentativa, com uma pega dura onde os ajudas foram postos à prova, em que o primeiro ajuda Emanuel Matos foi decisivo na concretização da pega, e merecidamente chamado à praça para ser ovacionado.

Para o fim, deixo o momento alto da tarde, quando tocou para a terceira pega da tarde, e saltou à arena o FORCADO Ricardo Patusco, que iria tentar pegar o último de 120 toiros pegados, em 20 anos de Jaqueta dos Forcados de Vila Franca envergada, sempre bem honrada, com sangue, lágrimas e principalmente muitas alegrias.

Escolheu o dia em que fazia 31 anos de idade para dizer adeus às arenas. Entrou para as cortesias de mãos dadas com o seu pequeno sobrinho Afonso, filho do seu irmão José Carlos, como que a querer transmitir que o sangue dos “Patuscos” continuará nos Amadores de Vila Franca.

Brindou ao seu Grupo, e enfrentou o último toiro com o mesmo sorriso nos lábios com que enfrentou todos os outros. Citou com elegância, mostrou-se, recuou até aos segundas, a trazer sempre o toiro à voz, e fechou-se com decisão, mostrando aos mais novos, todos os momentos de uma pega, e como estes momentos devem se ser feitos. Uma lição esta última pega.


No final a dar a volta chorou, porque os Homens também choram, e o Patusco para além de um GRANDE FORCADO É UM GRANDE HOMEM. Homem que conheci em criança, quando com 6 anos, já acompanhava o irmão nos treinos dos Forcados, porque ele queria ser Forcado… e foi… e dos MELHORES.

OBRIGADO PATUSCO PELO QUE DESTE À FESTA DE TOIROS EM PORTUGAL.
















































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