A praça de toiros Celestino Graça, em Santarém, foi palco no passado sábado, 6 de Junho, de uma tarde em que se exaltou os FORCADO de Santarém.
Horas antes do início da corrida, já se viam muitos forcados, actuais e retirados, de praticamente todos os grupos de forcados existentes em Portugal que se preparavam para homenagear o grupo da capital do Ribatejo pelos 100 anos a pegar toiros ininterruptamente, tornando-se assim os primeiros a cumprir um século de existência.
Assim , quando os relógios marcaram as 17 horas, viveram-se a primeira emoções, dando-se inicio às cortesias, com cerca de 150 Forcados na arena, e com o publico a retribuir com uma demorada e intensa salva de palmas.
Seguiu-se uma entrega de lembranças pela Associação Nacional de Grupo de Forcados e pelos cabos de alguns grupos ali presentes.
Perante um curro de toiros de Murteira Grave de apresentação inquestionável, na maioria bravos, apenas o terceiro da ordem se caracterizou pela mansidão, o Grupo de Santarém mostrou uma Escola de Forcados. Assim, pegaram por esta ordem.
O cabo Diogo Sepúlveda, a abrir praça como manda a tradição, e a deixar o mote para o que viria a ser uma tarde de triunfo para o seu grupo. Bem a citar, fechou-se à barbela, bem ajudado por Nelson Ramalho, com o pormenor do toiro ser rabejado pelo antigo cabo, Carlos Grave.
Gonçalo Cunha Ferreira, cabo dos anos 90, pegou à barbela, o segundo “Grave” da tarde, à primeira tentativa, como se de um jovem se trata-se. Ouviu música durante a pega, mas o público não percebeu que foi uma forma do diretor de corrida homenagear o Forcado e assobiou a banda…
António Grave de Jesus foi para a cara do “manso” da tarde, e apenas à quarta tentativa conseguiu consumar com ajudas carregadas.
Manuel Murteira, um Forcado de eleição, daqueles que dava gosto ver pegar, voltou a mostrar a sua arte. Consumou à segunda tentativa, fechando-se também à barbela, num toiro rabejado pelo eterno António Cachado. No final o ajuda Pedro Cabral foi merecidamente chamado à praça.
Gonçalo Veloso, de corpo franzino, tal como começou a dar vistas com apenas 14 anos de idade, é um forcado talhado para os grandes pegões, e nesta tarde voltou a honrar-nos com uma extraordinária pega, com uma não menos extraordinária ajuda de Nelson Ramalho. No final ambos deram volta à arena.
Finalmente, António Gama, outro grande Forcado dos anos 90, bastante fustigado por graves lesões na sua carreira, mostrou que por se tratar de um atleta, continua em forma, e fechou com chave de ouro, a tarde do Grupo de Santarém. Sereno, sem pressas, deixou-se ver, “templou”, mandou vir toiro e fechou-se com decisão à córnea, consumando à primeira tentativa.
Na parte equestre marcaram presença João Moura, Joaquim Bastinhas, António Telles, Rui Salvador, Luís Rouxinol e Vitor Ribeiro. Onde o destaque maior vai para os dois últimos, com Rouxinol a conseguir a melhor actuação da tarde e Vitor Ribeiro, o melhor ferro, nomeadamente o seu primeiro curto.
Dirigiu a corrida com acerto e em clima de festa, o também antigo Forcados do Amadores de Santarém, Manuel Gama.
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