Por: Miguel Soares
Hoje partiste. Caramba… Cedo de mais. Tinhas tanto para dar, para mostrar, para ver. Partiste mas não estás longe. Estás aí, num sítio melhor, bem perto de Deus, junto de Nossa Senhora, a olhar agora por todos nós. Tenho a certeza que ainda tens mais força e que também nos darás mais forças.
Sabes,
assim de repente vem-me à memória o dia 2 de Setembro de 2007… Montemor
foi Praça Cheia e viveu-se uma tarde de fortes Emoções. Foi a Corrida
de Despedida do Cabo à época - o Rodrigo Corrêa de Sá (o nosso"Guiga") -
e a respectiva passagem de testemunho para a ti, meu caro Zé Maria. Que
grande tarde! E que grande responsabilidade te foi dada!
Sempre
o disse e muitas vezes o escrevi: foste (és) um forcado de excepção.
Dos melhores ou mesmo o melhor da tua geração. Foste (és) um cabo de
“mão cheia”, determinado, claramente feliz com aquilo que fazias, amigo
do teu amigo, “companheirão” nas alturas certas e um verdadeiro líder,
que soube transmitir à rapaziada, o sentido de pertença à família
montemorense, os valores da amizade, da nobreza de caracter… E sempre
com um sorriso no rosto. A tua voz de comando era viva e pujante e assim
eras referência maior da Jaqueta de Montemor! Comandaste uma verdadeira
família e contigo a História do “nosso” Grupo de Montemor foi sendo
escrita com bonitas páginas de oiro, consolidando o prestígio do grupo
alentejano. Foste sempre capaz de transmitir as noções de companheirismo
e de seriedade de que grupo sempre foi portador e por isso foste (és)
referência de educação e respeito.
Foste
ali, mas estás perto. Na minha memória tenho as grandes pegas que
fizeste, das melhores que vi na minha vida! Vou-te contar uma história:
um dia fizeste um pegão tão grande -daqueles de levantar toda a praça -
que pedi essas fotografias e pus numa moldura. Estão cá em casa e estão
expostas numa parede. Um dia vou dizer às minhas filhas: aquele é o
amigo do pai. Aquele é e será sempre um dos Heróis do pai! Fazia coisas
fantásticas e era um Ser Humano de excepção.
Olha
por nós Zé Maria, agora que estás num lugar tão privilegiado. Olha pela
tua rapaziada. Olha pela tua família. Eu vou continuar a falar de ti,
como um dos grandes, um dos maiores. Um homem como tu, um forcado como
tu é Imortal na memória individual de cada um, na memória colectiva do
“nosso” Grupo, na História da nossa Tauromaquia.
Até já Zé Maria. Até já Cabo Cortes! E um grande “Olé” por tudo o que foste e fizeste junto de nós…
0 comments:
Enviar um comentário
ATENÇÃO: NÃO SE ACEITAM COMENTÁRIOS ANÓNIMOS