José Luís Valentim |
- JOSÉ LUÍS VALENTIM, nascido a 6 de Março de 1895 e sobrinho de Joaquim Valentim, começa a pegar toiros muito novo “a trabalhar” - como se dizia na altura - com os grupos p de Manuel Burrico (V.F. Xira), Edmundo de Oliveira (Vale de Santarém), Manuel Matias “Leiteiro”, e João Soeiro (Moita do Ribatejo), acompanhado de Joaquim Valentim (irmão), Valentim Barrinha (primo e o mais velho), António José Carraça, José Varela, Artur Garrett e outros, que iam entrando conforme cada um dos grupos necessitasse.
É José Luís Valentim que irá organizar e formar em 1922/23, o primeiro “Grupo de Forcados de Alcochete”, tornando-o disciplinado, coeso e todos de Alcochete.
Forcado da «cara» extraordinário, «cornaleiro» e com aptidão para todo tipo de toiro, era notável a maneira como «citava», a elegância e valentia, fazendo-o por vezes sentado numa cadeira e também de «costas» - o primeiro a executar estas duas modalidades na perfeição -, fez dele um dos melhores forcados de todos os tempos de Alcochete e da tauromaquia nacional.
Em 1926, na Praça de Toiros do Campo Pequeno, faz uma pega extraordinária a um toiro do Dr. Emílio Infante da Câmara, durante muitos anos comentada, encontrando-se a fotografia exposta no salão de Festas do Aposento do Barrete Verde de Alcochete.
No filme “A Severa”, rodado na Praça de Toiros de Algés a 9 de Novembro de 1930, filme este interpretado e produzido por António Luís Lopes, um Jornal da época escrevia:
«Valentes forcados dos grupos de José Luís de Alcochete e Manuel Burrico de Vila F. Xira. O grupo de José Luís Valentim, após a lide a cavalo abandona a “casa da guarda” e entra arrogante no redondel. O seu cabo, de peito erguido, mas firme e dedos “enclavilhados”, fica animosamente na cabeça do toiro, colado ao testruz do dito, durante alguns segundos e, sem ajudas oportunas, consuma uma rijíssima pega de caras. O entusiasmo crepitou em toda a praça, como resultado deste emocionante de detalhe».
Actua em 1920 na Praça de Toiros de Santander, onde obtém um estrondoso êxito ao pegar um toiro em pontas, fazendo também a «casa da guarda», juntamente com Vitaliano Torres, Edmundo Oliveira, João Soeiro, Joaquim Valentim (irmão), António dos Santos “Pé de Cherim”, António Baptista Pilé e Gorjão. «Nessa tarde o toiro, de hastes limpas e possante, investiu sete vezes contra os forcados».
Os forcados que José Luís Valentim levou para esta corrida, além de já terem chefiado outros agrupamentos, tinham também bastante experiência em pegar toiros em Espanha, o que não sucedia com ele e seu irmão Joaquim Valentim, razão para não levar mais homens de Alcochete.
Vai aos Açores em Novembro de 1931, executando outra enorme pega. Segundo referia um jornal local: «Não se devia chamar Valentim, mas sim valentão!»
Retirou-se em 1932 por motivo de doença e desgostoso com alguns elementos, sem querer fazer a despedida.
- José Barrinha Cruz
- 19-03.2012
É José Luís Valentim que irá organizar e formar em 1922/23, o primeiro “Grupo de Forcados de Alcochete”, tornando-o disciplinado, coeso e todos de Alcochete.
Forcado da «cara» extraordinário, «cornaleiro» e com aptidão para todo tipo de toiro, era notável a maneira como «citava», a elegância e valentia, fazendo-o por vezes sentado numa cadeira e também de «costas» - o primeiro a executar estas duas modalidades na perfeição -, fez dele um dos melhores forcados de todos os tempos de Alcochete e da tauromaquia nacional.
Em 1926, na Praça de Toiros do Campo Pequeno, faz uma pega extraordinária a um toiro do Dr. Emílio Infante da Câmara, durante muitos anos comentada, encontrando-se a fotografia exposta no salão de Festas do Aposento do Barrete Verde de Alcochete.
No filme “A Severa”, rodado na Praça de Toiros de Algés a 9 de Novembro de 1930, filme este interpretado e produzido por António Luís Lopes, um Jornal da época escrevia:
«Valentes forcados dos grupos de José Luís de Alcochete e Manuel Burrico de Vila F. Xira. O grupo de José Luís Valentim, após a lide a cavalo abandona a “casa da guarda” e entra arrogante no redondel. O seu cabo, de peito erguido, mas firme e dedos “enclavilhados”, fica animosamente na cabeça do toiro, colado ao testruz do dito, durante alguns segundos e, sem ajudas oportunas, consuma uma rijíssima pega de caras. O entusiasmo crepitou em toda a praça, como resultado deste emocionante de detalhe».
Actua em 1920 na Praça de Toiros de Santander, onde obtém um estrondoso êxito ao pegar um toiro em pontas, fazendo também a «casa da guarda», juntamente com Vitaliano Torres, Edmundo Oliveira, João Soeiro, Joaquim Valentim (irmão), António dos Santos “Pé de Cherim”, António Baptista Pilé e Gorjão. «Nessa tarde o toiro, de hastes limpas e possante, investiu sete vezes contra os forcados».
Os forcados que José Luís Valentim levou para esta corrida, além de já terem chefiado outros agrupamentos, tinham também bastante experiência em pegar toiros em Espanha, o que não sucedia com ele e seu irmão Joaquim Valentim, razão para não levar mais homens de Alcochete.
Vai aos Açores em Novembro de 1931, executando outra enorme pega. Segundo referia um jornal local: «Não se devia chamar Valentim, mas sim valentão!»
Retirou-se em 1932 por motivo de doença e desgostoso com alguns elementos, sem querer fazer a despedida.
- José Barrinha Cruz
- 19-03.2012
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