Hoje estreamos uma nova rubrica no blog FORCADO AMADOR, a que iremos chamar "SABIA QUE...", que será um espaço de cultura taurina dedicada ao FORCADO, onde se pretende dar a conhecer um pouco da HISTÓRIA DOS FORCADOS
(por: José Barrinha Cruz)
- «FORCADO» - Instrumento que serve para o moço de forcado se defender do toiro quando realiza a «casa da guarda» e que é constituído por uma vara de madeira com cerca de 1,60 m. de secção circular, adelgaçando para uma das extremidades, na qual é aplicada uma forquilha de metal na extremidade mais grossa. O mesmo que «moço de forcado».
Mesmo quando não façam a «casa da guarda» os «pegadores» devem ostentar os «forcados» durante as «cortesias» ou na cerimónia da «azêmola».
- CASA DA GUARDA - «Abertura que antigamente se fazia na trincheira das praças de toiros onde, regra geral, principiava a escadaria que dava acesso à tribuna real e cuja guarda era confiada aos «monteiros de choca». Conjunto de moços de forcado, formados em linha junto da trincheira, evitando por meio dos «forcados» que os toiros se aproximem da porção de trincheira que defendem.
- CASA DA GUARDA - «Abertura que antigamente se fazia na trincheira das praças de toiros onde, regra geral, principiava a escadaria que dava acesso à tribuna real e cuja guarda era confiada aos «monteiros de choca». Conjunto de moços de forcado, formados em linha junto da trincheira, evitando por meio dos «forcados» que os toiros se aproximem da porção de trincheira que defendem.
A «Casa da guarda» deve corresponder à expressão nacional da tarefa desempenhada pela guarda de «alabardeiros», tão em uso nas corridas reais espanholas do século XVII e que chegou a figurar nas touradas portuguesas do mesmo período. Com idêntica finalidade, era no entanto menos sangrenta e mais valorosa, porquanto as lanças dos «alabardeiros» eram, nos «monteiros de choca», substituídas por simples «forcados», de modelo semelhante ao que ainda usam os actuais pegadores quando figuram nas «cortesias» ou quando, nas chamadas touradas à antiga portuguesa, realizam a «casa da guarda». Desaparecido o costume da Família Real entrar para a tribuna por uma extensa escadaria que partia da arena, perdeu-se a verdadeira e primitiva feição da casa da guarda que hoje, nas raras vezes que se leva a efeito, não constitui a defesa de qualquer abertura praticada trincheira. O grupo de pegadores apenas se reúne em determinado lugar da arena, junto da trincheira (em geral à frente do «inteligente» e aí, contando com o apoio que esta oferece aos «forcados», enfrenta os toiros procurando evitar a sua aproximação, num procedimento puramente evocativo.
Vila Franca de Xira 1942 - Grupo de Forcados de Alcochete de Artur Garrett |
- Esq. para dirt.: Artur Garrett (Cabo), Fortunato Simões, José Alemão, Gaspar Penetra (Pai), António Sequeira (Sequeirinha), António Verga e Manuel Brigue.
Repare-se que o 1º forcado da esquerda (Artur Garrett) tem o braço esquerdo agarrado ao «forcado» a apontar ao «testuz» do toiro, e o último já tem o braço direito. Isso quer dizer que tanto um como outro, «fecham» o conjunto, assim como a «forquilha» está a apontar ao «testuz», na «vertical» - como deve ser -, uma vez que o toiro ao humilhar «sente mais» do que a apontar às «embolas». Dois pormenores que hoje nas demonstrações estão adulteradas.
- José Barrinha Cruz
19.02.2012
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