Neste primeiro “DE CARAS” começo
por agradecer ao Vítor Besugo o convite que me fez para escrever no “Forcado
Amador”. Deu-me total liberdade para escrever o que quiser e quando quiser e,
quando assim é, tudo se torna mais fácil. Agora fica do meu lado arranjar o
tempo e os temas para não defraudar as expectativas que o Vítor depositou
nestes meus escritos. Seja o que Deus quiser!
Decidi que este primeiro “De
Caras” seria uma espécie de balanço e agradecimento público a todos quanto
tornaram possível a concretização do livro “JOSÉ MARIA CORTES, UM FORCADO PARA
A HISTÓRIA”. Como é público, o Francisco Romeiras, juntamente comigo,
apresentámos no passado dia 3 de Julho na arena da Praça de Toiros do Campo
Pequeno, a fotobiografia do José Maria Cortes, livro de homenagem e tributo ao
nosso amigo e saudoso Cabo dos Amadores de Montemor.
O lançamento foi um momento muito
emotivo, de grande simplicidade e enorme grandiosidade, a que se juntou a
Família, amigos, antigos e actuais elementos do Grupo de Montemor, forcados de
outros grupos, ilustres conhecidos e desconhecidos que quiseram estar presentes
naquele momento de homenagem.
A todos os que estiveram
presentes, o meu profundo agradecimento. Não posso deixar de dar uma palavra
especial à Sociedade Campo Pequeno, que desde a primeira hora nos abriu as
portas daquela lindíssima Praça de Toiros - a primeira do País - associando-se
assim à homenagem que naquela tarde prestámos.
Volto um bocadinho atrás no
tempo. Agosto de 2013. Foi nesta altura que o Francisco Romeiras falou comigo e
me propôs o enorme desafio de fazer um livro sobre o Zé Maria. Um livro de
homenagem, um tributo, uma obra que ficasse para sempre e imortalizasse este
nosso Herói. Um grande desafio, uma grande responsabilidade, mas aceitei de
imediato o repto, num misto de emoções dentro de mim.
É que fazer um livro sobre o Zé
Maria Cortes foi de facto motivador e como escrevo no livro, muito emocionante
mas também muito emocional! Posso dizer que durante todo o tempo que
trabalhamos no livro, este misto de emoções esteve sempre presente, em cada
dia, em cada decisão, em cada reunião de trabalho… Penso que todos imaginarão o
porquê de referir este misto de emoções.
Mas o objectivo estava bem
traçado: fazer uma obra e uma homenagem que para além de ser mais do que
merecida, visou imortalizar em imagens e texto aquele que considero o melhor
forcado da sua geração, um líder “de mão cheia”, um cabo que fez História e
ficará para sempre na História do Grupo de Forcados Amadores de Montemor-o-Novo
e na nossa Festa de Toiros. Uma personalidade apaixonante e como digo e sempre
repetirei, um verdadeiro Herói.
Quando no início de Outubro do
ano passado me sentei pela 1ª vez com o Francisco tínhamos à frente pelo menos
mil fotografias do Zé Maria! Uma loucura, pensei eu… Como vamos começar?!
Mas, Graças a Deus e de certeza
com a ajuda do Zé Maria lá em cima, houve logo uma grande cumplicidade e
partilhámos o objectivo comum para o projecto: este livro tinha que ser uma
fotobiografia, com pequenos textos a acompanhar as excelentes e únicas
fotografias do Francisco, com pormenores e momentos únicos da vida do Zé Maria,
que foram retratados “naquele momento”, só ao alcance de um enorme senhor da
Fotografia como é o meu amigo Francisco Romeiras! E eu, desde pequeno, aficionado
ao Grupo de Montemor e sempre tentando acompanhar a vida do Grupo de perto,
tinha aquilo que se pode chamar algum “material para a escrita” do livro.
Então, desde que o Zé Maria foi eleito cabo, quer através de apontamentos
pessoais, de notas de crónicas escritas, entre outras coisas, comecei a
acreditar que era mesmo possível levar este projecto para a frente.
Mas não foi fácil. Uns dias
melhores que outros. Como todos os bons desafios. À ideia inicial juntou-se
outra que, sem dúvida, veio enriquecer em muito o livro. Pedir testemunhos aos
amigos, a elementos do Grupo de Montemor, outras figuras da Festa, antigos
cabos do Grupo, cabos de outros grupos, cavaleiros. Compilar tudo isso e ir
desenhando/fazendo/construindo este livro foi, sem dúvida, um trabalho
exaustivo, mas que nos deu um enorme gozo. Muitas horas à volta do livro,
muitas ideias a fervilhar, páginas fechadas, alteradas no dia seguinte… mas
penso que eu e o Francisco fizemos uma grande equipa, a obra aqui aí e
fartei-me de aprender com ele!
Na nossa cabeça tivemos sempre
outra ideia que foi fundamental: fazer um livro para o Zé Maria, fazer um livro
que soubéssemos que quando ele o visse se sentisse orgulhoso com o resultado
final e com o empenho que empregámos neste projecto.
Sem dúvida, por tudo o que foi,
por tudo o que é, por tudo o que será e representa, merece tudo isto e muito
mais. Para mim, um verdadeiro Herói que tive o privilégio de conhecer e ser seu
amigo, podendo assim observar e interiorizar a dimensão deste enorme SER HUMANO.
Se disser que os meus olhos o seguiam para todo o lado sempre, hoje posso dizer
que hoje olho para os Céus e peço que seja ele a seguir-me a mim, aos amigos,
ao seu Grupo e à sua querida Família.
Não deixando ninguém de parte,
quero deixar aqui o meu público agradecimento a todos quanto ajudaram a
concretizar este livro, através dos seus testemunhos. Mas de forma especial,
pelas palavras de incentivo e pela força passada em todos os momentos, agradeço
ao João Cabral, ao Frederico Caldeira, ao João Caldeira, ao Filipe Mendes, ao
João Braga, ao Gonçalo Saúde e ao Filipe Cachopas pelo incentivo constante à
elaboração deste livro, à tia Nukka Abranches pela força transmitida tantas
vezes através de um simples clique, bem como o feed back que foi dando à Família e, ao José Fernando Potier pela
enorme disponibilidade e amizade que mostrou no momento de operacionalizar o
livro. Agradeço ainda ao Rodrigo Corrêa de Sá e ao António Vacas de Carvalho, respectivamente
antigo e actual cabo dos Amadores de Montemor-o-Novo, por toda a ajuda e
disponibilidade demonstradas ao longo de todo este processo, nomeadamente, no
dia do lançamento do livro. Por fim, uma palavra muito especial à Tia Ana, ao
Tio João e à Joana Cortes. A presença e o apoio deles foi gratificante, muito
importante e as suas palavras e gestos de afecto ficarão para sempre “cá
dentro”, como exemplo do que é a AMIZADE.
O agradecimento final vai para o
Francisco Romeiras pelo convite que me fez. Foi grande o projecto. Mas também
foi grande a amizade que se consolidou! Hoje penso que estamos felizes,
realizados. Acima de tudo, sinto que há uma sensação de dever cumprido. Com
este livro, com esta homenagem. É a nossa forma de perpetuar o Amigo, o Homem, o
Forcado, o Líder.
Zé Maria… Esperamos mesmo que o
livro tenha ficado a teu gosto!
Miguel Soares
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