Foi há 104 anos, precisamente a 9 de agosto de 1909, que se inaugurou a
praça de toiros de Beja.
Havia cerca de 30 anos que não se realizavam
corridas de toiros da capital do Baixo Alentejo e então, por iniciativa
do grande aficionado e abastado lavrador bejense Rafael António Madeira,
ergueu-se o atual tauródromo bejense. Anteriormente tinha existido uma
praça em madeira no Terreirinho das Peças, onde atualmente está
edificado um lar para a terceira idade, mas os primeiros festejos
taurinos em Beja realizavam-se na praça da República, onde existe ainda o
antigo touril.
O cartaz da inauguração da atual praça era composto
pelo cavaleiro José Casimiro e pelo novilheiro espanhol António Burgo
“El Malagueño” e os forcados eram de Évora, comandados então por Manuel
Barbas. Foram lidados oito toiros de Joaquim Mendes Núncio.
Logo no dia seguinte, a 10 de agosto, realizou-se outra corrida, com o mesmo cartel mas com toiros de Tomaz Muleto.
Logo no dia seguinte, a 10 de agosto, realizou-se outra corrida, com o mesmo cartel mas com toiros de Tomaz Muleto.
Em
maio do ano seguinte surgem como empresários Joaquim Amado Soudo,
Lourenço Morgado e Januário Luíz, que organizam corridas a 28 e 30.
Em 1927 regista-se um marco importante na história da praça de Beja com a realização de uma corrida com toiros de morte, onde atuaram o cavaleiro João Branco Núncio e os novilheiros espanhóis Mariano Rodriguez e Joaquim Gomez que mataram toiros de Joaquim Mendes Núncio.
Em 1927 regista-se um marco importante na história da praça de Beja com a realização de uma corrida com toiros de morte, onde atuaram o cavaleiro João Branco Núncio e os novilheiros espanhóis Mariano Rodriguez e Joaquim Gomez que mataram toiros de Joaquim Mendes Núncio.
Rafael
António Madeira, que construiu e organizou as corridas inaugurais,
faleceu em 1914, ficando a praça sobre a alçada dos seus herdeiros que,
pouco aficionados, descuraram com o tauródromo. Assim, e devido a esse
desmazelamento, a praça foi mandada encerrar em 1936 por ter sido
coniderada imprópria para a realização de espetáculos taurinos, decisão
que se prolongou até 1938, ano em que foi vendida em hasta pública a
Luciano Gonçalves Fialho e Manuel Mestre Lampreia. Mais tarde, a metade
pertencente a este último passou para D. Helena Garcia Pulido e,
posteriormente, para o dr. Covas Lima. A parte de Luciano Fialho foi
adquirida por Luís Vilhena e Francisco Lopes Vasquez. Atualmente, e
desde 1988, a praça é propriedade do cavaleiro tauromáquico Tito Semedo e
da sociedade formada por Quintano Paulo, António Sousa e “Cachapim”,
que a gerem alternadamente por períodos de dois anos.
Em 1939 a praça
sofreu melhoramentos procedendo-se à construção de 37 camarotes, e para
a corrida de “reinauguração” saíram à arena de Beja, a 10 de agosto, os
cavaleiros João Núncio e D. Vasco Jardim, acompanhados pelos forcados
do Vale de Santarém de Edmundo de Oliveira que lidaram toiros de João
Torres Vaz Freire.
Segue-se depois a época de esplendor da praça bejense com a empresa T.i.p.i.c.a. a organizar sete festejos em 1954.
Segue-se depois a época de esplendor da praça bejense com a empresa T.i.p.i.c.a. a organizar sete festejos em 1954.
Em
1988, a praça de toiros de Beja passa a designar-se por praça José
Varela Crujo, numa homenagem ao malogrado cavaleiro bejense falecido em
1987, após vários anos em coma, em virtude de uma colhida em 11 de
agosto de 1983 no Campo Pequeno, e após ter toureado a 10 de agosto em
Beja, sendo assim essa a sua última corrida completa.
Ao longo dos
anos vários cavaleiros elegeram a praça de Beja para tirar a
alternativa, sendo o primeiro o dr. António Brito Paes, em 1960,
seguindo-se Joaquim Veríssimo, em 1986, João Infante e Luís da Cruz, em
1988, e Tito Semedo, em 1993.
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