Reportagem: MOURA

Crónica: Patrícia Sardinha - NATURALES
Fotos: Rui Ventura   

Em Moura Praça Cheia e o Zé Maria connosco!

Foi bonita e sentida, a homenagem prestada ontem em Moura, ao falecido cabo e forcado José Maria Cortes, naquela que foi a primeira corrida do Grupo de Forcados de Montemor, após o trágico desfecho.
Foi mantido o seu posto, com o forcado e a jaqueta, no lugar que lhe pertencia durante as cortesias, realçando que, ainda que seja um cabo fisicamente ausente, permanece presente espiritualmente ao comando do seu Grupo. Foi também naquela praça descerrada uma placa em homenagem ao Zé Maria.
Perante uma praça cheia, uma noite muito agradável e um cartel de luxo, a corrida decorreu com ritmo e ambiente, entre os altos e baixos dos seus intervenientes.
O curro da Herdade de Pégoras cumpriu no geral em apresentação, dando em comportamento desigual jogo, com os dois primeiros toiros a destacarem-se pela positiva e os outros mais mansos e reservados.
Nas pegas, e enquanto uns se divertiam a ‘pegar’ para a televisão, em Moura a noite foi séria!
Pelos Amadores de Montemor, pegou João Pedro Tavares à segunda tentativa depois de no primeiro não ter reunido com eficácia; Francisco Borges, exímio como sempre na arte de pegar toiros consumou à primeira; e João Romão Tavares, à primeira com o toiro a ensarilhar e ele a escorregar na cara do toiro, mas a ter braços para crescer na reunião e consumar com decisão.
Pelo Real Grupo de Moura pegou o cabo, Valter Rico, à primeira tentativa e frente a um toiro que se foi a ele com pata; Cláudio Pereira consumou a sesgo à segunda e com ajudas carregadas, depois de um primeiro intento em que o toiro reuniu com violência, e de várias tentativas de ‘escolher’ os terrenos para que o toiro saísse de tábuas. Rui Ameixa consentiu a batida forte do toiro na reunião, consumando à primeira.
Dirigiu a corrida sem problemas o sr. Agostinho Borges, assessorado pelo veterinário Matias Guilherme.