Vila Viçosa: À terceira foi de vez

Crónica: Herlander Coutinho / TOUREIO.COM
Fotos: Pedro Batalha / NATURALES
Vem de longe a ligação da tauromaquia á religião; pelas razões mais diversas e perfeitamente justificáveis ambas tem caminhado sempre lado a lado.
O Nobel Saramago dizia: “Na cova do lobo não há lugar para ateus.” Não é mentira, mas mais verdade é aquilo que vimos e sentimos no sábado em Vila Viçosa, essa perfeita simbiose de espiritualidade e de sentimento vivida entre artistas, público e Nossa Senhora da Conceição aquela que é Rainha e Padroeira de Portugal.
Num dia de sol esplendido como á muito não via-mos e depois de dois adiamentos pela falta dele, foi por diante o IV Festival Taurino da Rádio Campanário.

Dois Grupos de Forcados em praça; Grupo de Forcados de Èvora , que concretizou as suas três pegas á primeira tentativa, por intermédio de Sérgio Godinho, Gonçalo Rovisco e Dinis Caeiro que executou a pega da tarde ao toiro mais sério da corrida que pertencia á ganadaria de Sommer de Andrade.

Pelo Grupo de Forcados do Redondo pegou Hugo Figueira á primeira tentativa, depois Ricardo Prior executou uma enorme tentativa mas a falta de ajudas inviabilizou a pega e o forcado saiu lesionado, sendo a mesma concretizada por Rui Grilo á segunda tentativa, a fechar Mário Pinto, esse pequeno grande forcado que também concretizou á segunda tentativa.

A tauromaquia além dos artistas é feita e perpetuada por outras gentes anónimas, e só são anónimas porque a sua humildade não me dá ordem nem me deixa dizer os seus nomes, essa forma de censura exercida pelos mesmos ainda lhe dá mais valor e dignidade; mas eu também tenho direitos, e um deles é dar um abraço bem forte de parabéns a essa grande gente da Radio Campanário aos incansáveis organizadores deste magnifico festival, que cada ano que passa ainda tem mais força e vontade de organizar.

Uma meia casa bem composta soube a pouco; um cartel, um curro e um dia que deveria ser pelas mais variadas razões de: “Non hay billetes” não o foi, precisamente pela razão de: “Non hay billetes!” mais nada!















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