Noite lisboeta marcada pela despedida do FORCADO Francisco Mira

  Crónica: Patrícia Sardinha / NATURALES
A Praça de Toiros do Campo Pequeno inaugurou ontem à noite a sua temporada de abono com uma Corrida de Toiros que pouco deixou na memória.
Foi fraca a presença de público, comparativamente com outras inaugurações de temporada. Nem meia casa se tanto, para assistir aquela que alguns consideraram uma corrida de duelo, entre cavaleiros portugueses e um rejoneador espanhol.

A crise, o mau tempo, o Benfica (que venceu!!), a mudança de hora, o desânimo que muitos aficionados vivem perante os cartéis que surgem por aí… podem ser dados como os motivos que mantiveram muita gente em casa ontem à noite. Seja o que for, a verdade é que é realmente triste ver praças pouco compostas. Mas são consequências dos tempos que se vivem e do pouco entusiasmo que os toureiros criam nos aficionados.

Mas por falar em Benfica, o seu treinador disse na semana passada em conferência de imprensa, que ao Clube importa vencer nem que seja por ‘meio a zero’. O que, segundo especialistas em futebol, quer dizer qualquer coisa como, com ou sem qualidade no espectáculo, o que importa é vencer.

Também ontem no Campo Pequeno o que pareceu importante foi o resultado com que se fechou a noite. E o ‘meio’ teve realmente peso, pois houve um antes do intervalo para esquecer, e um depois do intervalo que a alguns lembrou levantar das cadeiras para aplaudir.

Trocando por miúdos, as actuações da primeira parte estiveram de acordo com as bancadas: vazias de emoção.

Os toiros da ganadaria Mário e Herdeiros de Manuel Vinhas, de apresentação regular, deixaram-se lidar sem complicar mas pecaram pela falta de transmissão.

Nas pegas a noite resultou fácil. Pelos Amadores de Lisboa abriu praça o cabo, Pedro Maria Gomes que consumou à primeira sem problemas; Francisco Mira brilhou à segunda tentativa depois de no primeiro intento não ter suportado o derrote; e Pedro Gil que também pegou à primeira e sem complicações. Pelos Amadores de Vila Franca, Rui Godinho à primeira a reunir com decisão; Márcio Francisco à segunda, com o toiro a meter a cara baixa num primeiro intento; e Ricardo Patusco muito bem à primeira, aguentando o impacto da reunião. De destacar, o forcado Francisco Mira, que nessa noite se despedia dos Amadores de Lisboa, Grupo que muito deve ao jovem forcado, e que apesar de ser já uma referência na História da Forcadagem, manteve no dia da despedida o mesmo perfil que manteve ao longo dos anos enquanto forcado: a simplicidade! Assim, são os artistas…

Longe do factor novidade que ganhou com a sua reabertura em 2006, o Campo Pequeno perdeu muito dos espectadores que enchiam a praça para ‘aparecer’ e tem agora a obrigatoriedade de ganhar posto junto dos que sobram (ou desapareceram perante uma Festa pobre em qualidade artística mas onde ao longo dos anos nos têm vindo a dizer que o importante é ganhar meio-zero), e que são os aficionados, aqueles que ainda ponderam gastar o pouco dinheiro que têm para assistir a uma corrida de toiros. Mas para isso é preciso que haja emoção e verdade na arena!
 

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