V I L A F R A N C A D E X I R A E M F E S T A

Carlos Patrício Álvares (Chaubet)
Recebi um simpático convite da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e do Grupo de Forcados Amadores desta aficionada terra, para estar presente num dos eventos que aí irão decorrer nos próximos dias. Inauguração da Exposição “80 Anos da Fundação do Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira”.
A saúde não me permitiu estar presente, mas no dia seguinte lá estive a ver a referida Exposição. Com a cidade em festa, havia outros acontecimentos. Mas talvez por ser a minha predileção pelos Forcados e pensarem que nada mais me interessava, não me mandaram convite para os mesmos.
Como é previsível, gostei da Exposição. Principalmente pelo carinho com que é tratado pela Autarquia local o Grupo de Forcados que representa a terra.
Tenho visto outros grupos terem o apoio de outros municípios mas, de forma pontual. O dispensado ao G.F.A. Vila Franca de Xira, é especial. Talvez porque o comportamento do forcado crie, na Presidente da Câmara Municipal, Maria da Luz Rosinha, pessoa decidida e frontal na resolução dos problemas que surgem no desempenho do seu cargo, irresistível empatia. Aliás, os grupos de forcados que, identificando-se com o nome das terras, o publicitam por todo o País, mereciam ter igual consideração.
A exposição propriamente dita, ocupa um grande espaço num prédio camarário cedido para o efeito. Bem organizada, com fotografias exemplificando o duro percurso que o G.F.A.V.X. tem tido e o êxito que apesar disso tem obtido, demonstra bem ser ele um dos melhores grupos de Forcados da atualidade. Van Zeller Pereira Palha, em 1932, Presidente da Câmara Municipal, no seu túmulo, deve estar orgulhoso do pedido que na altura fez a Vasco Rocha Lopes, pai de D. Maria Vitória Lopes, madrinha do Grupo, para formar um grupo de forcados para pegarem no 1º Colete Encarnado.
Desde a sua fundação o G.F.A.V.X., com épocas mais bem conseguidas que outras, o que é normal em grupo de forcados, tem sido sempre uma referência quando se fala de valentia, camaradagem e solidariedade. Nesta visita à exposição, tive ocasião de apreciar um vídeo onde estes sentimentos são bem patentes. Um colega está caído inanimado na arena e à mercê do toiro que investe para ele. Dois ou três rapazes, indiferentes à sua própria segurança, atiram-se para cima do colega desmaiado, sofrendo eles em primeiro lugar a investida do toiro, mas protegendo com o seu corpo e sacrifício o colega inerte.
Só para ver este vídeo, esta cena, valeu a pena ir à exposição. Ser FORCADO é isto – camaradagem, estoicismo, solidariedade. Capacidade de arriscar a vida por um amigo. Todavia ser capaz de fazer o mesmo, só pelo prazer de fruir o perigo, é o que atrai a maior parte dos que vestem a jaqueta de ramagens.
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)

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