O nosso "companheiro de luta" Carlos Patrício Álvares “Chaubet”, assinala hoje a bonita idade de 86 anos. Muitas estórias vividas, muitos e muitos anos ao serviço dos forcados, primeiro envergando a Jaqueta das Ramagens onde mostrou ser um forcado completo, pois pegava de caras, ajudava, cernelhava e por fim rabejava. Depois, deixou de saltar as tábuas e dedicou-se à escrita, publicando vários livros e acima de tudo participando em diversos sites e blogs com os seus elucidativos e por vezes controversos artigos de opinião.
Para toda a equipa que colabora com o FORCADO AMADOR é uma honra e um orgulho ter o "Chaubet" ao nosso lado.
Muitos Parabéns AMIIGO e venha vinho!
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VELHAS GLÓRIAS
Carlos Alberto das Neves Anapaz Patrício Álvares, conhecido no meio taurino e jornalístico pelo petit nom
de “Chaubet”, corruptela do nome que em criança havia criado
–“Chô-Béto” – e que os amigos depois transformaram. Nasceu em Lisboa a 4
de julho de 1926. Oriundo de uma família da média/alta burguesia de
origem africana, seu pai foi poeta e ator. A mãe, professora de inglês.
Inteligente, decidido e corajoso, depressa se impôs no meio em que
vivia.
Pela Escola Valsassina, onde estudou, foi campeão de boxe, elemento
da classe de ginástica aplicada e fez parte da equipa de futebol. Nesta
modalidade, quando júnior, chegou a vestir a camisola do Sport Lisboa e
Benfica no tempo do trinador Biri. Fez parte da equipa de Caça Submarina
deste mesmo clube. Foi porém na tauromaquia que se distinguiu
verdadeiramente.
Sempre disponível para desafios onde houvesse desgaste físico e
perigo, aos dezasseis anos, sentiu-se atraído pela tauromaquia
principalmente pelo forcado quando, na Palhavã, onde hoje é a
Gulbenkian, existia a chamada Feira Popular de Lisboa. Iniciativa do
Jornal o Século.
No terreno da Feira havia sido construída uma pracinha de toiros.
Nela podiam os curiosos mostrar as suas habilidades, enfrentando os
garraios e as vacas que a empresa punha à sua disposição. Presença
assídua, logo se sentiu entusiasmado pela “pega”. Começou a praticá-la
durante ano e meio, nos grupos de forcados que Duarte Noronha, outro
frequentador do referido recinto, criava. Grupos que embora com os
mesmos elementos, tomavam o nome que desse mais facilidade de
contratação. Fez assim parte do G.F.A. do Ribatejo, G.F.A. da
Estremadura, G.F.A. do Grupo Onomástico Os Maneis, G.F.A. Açoriano.
A frequência da referida pracinha porém, fê-lo conhecer aqueles que
se haviam de tornar seus amigos para toda a vida. Também, seus
companheiros na concretização da ideia que um dos companheiros – Nuno Salvação Barreto – teve. Nasceu assim o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, que havia de se tornar um dos melhores desse tempo, muitas vezes o melhor.
Durante vinte e um anos atuou com a farda do G.F.A. de Lisboa.
Pedra base do conjunto, foi um dos principais responsáveis pela sua
valorização e afirmação. Pegador de caras de raiz, como nesse tempo não
abundavam voluntários para se meterem na aventura da “pega”,
foi também cernelheiro, primeiro ajuda e, por último, rabejador. A sua
utilidade e desempenho, nos grupos em que participou, fez com que lhe
dessem a alcunha de “safa grupos”.
Os anos passaram, deixou de vestir a jaqueta de ramagens, mas o seu
interesse pela Tauromaquia e, principalmente pelo Forcado, manteve-se
através da escrita.
Foi crítico tauromáquico na Revista TV, nos jornais Vida Ribatejana e
Festa Brava. Diretor do Toiros e Cavalos. Tem realizado várias
conferências de temática taurina, colaborado em colóquios, mesas
redondas e programas de rádio.
Figura popular e respeitada no mundo taurino, após a publicação do seu primeiro livro – PEGA DE CARAS, dedicado ao G.F.A. de Lisboa, escreveu: Á UNHA!..OS FORCADOS, onde fala do começo dos grupos de forcados, dos existentes até 1999, e a sua composição. LISBOA DE OUTRAS ERAS-vida vivida, autobiográfico, mostra o percurso irrequieto do Autor. SUSTOS, PERCALÇOS E VALENTIAS – estórias de forcados. Também à A CENTENÁRIA FEIRA DE MAIO DE AZAMBUJA, dedicou um livro.
Agora, enquanto ultima o seu próximo livro – PONTOS NOS II`s, aproveita a net para nos dar a conhecer a sua perspetiva do nosso atual ambiente taurino.
1 comments:
Vítor ! ! ! Só agora agradecer a simpatia e educação das suas palavras sobre o meu aniversário, apenas a velhice leva a que se compreenda. Vou dando umas "tecladas" no computador mas de forma pouco hábil (a porca da idade não perdoa..). Daí estas falhas. De que peço desculpa a todos que derem por elas e essencialmente ao Vítor, o primeiro a dar cobertura aos meus desabafos. OBRIGADO ABRAÇO Chaubet
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