- José Barrinha Cruz
- Os «estados» do toiro
têm decisiva influência na lide e pode dizer-se que esta foi ordenada e
dividida em obediência às suas exigências. Na realidade, o capote, as
bandarilhas e a «muleta» surgem para
proporcionar um toureio perfeitamente adequado às condições que os toiros
vão sucessivamente apresentando. Isto, evidentemente, no que respeita aos
«estados» principais comuns a todos os toiros dentro das condições de uma lide
uniforme pois os secundários variam tanto de animal para animal que impossível seria estabelecerem-se princípios gerais de técnica ou de estrutura
para cada um deles. Em tais casos cabe
ao toureiro avaliar da situação para que possa dominá-la da maneira mais conveniente.
Os «estados» principais,
são três: «levantado», «parado» e «aplomado» (pela ordem em que se manifestam). Os secundários são
diversos. Devendo salientar-se os seguintes, cada um com as suas
características próprias: «apurado»,
«avisado», «crescido», «descomposto», «enquerençado», «incerto» e «QUEDADO».
- APLOMADO – Os toiros
no terceiro estado (aplomados) caracterizam-se por uma espécie de cansaço, em consequência
do qual os seus movimentos são menos rápidos mas, por isso mesmo, mais
incisivos os seus ataques, parecendo que ganharam em «sentido» o que em vigor
físico lhe foi minguado pelos incidentes
da lide. É neste «estado» que as «faenas» se realizam».
- QUEDADO – «Estado»
intermediário do toiro durante a lide, que se caracteriza por certa renúncia em
acometer quase sempre em consequência do cansaço resultante das peripécias da
lide. Como facilmente se compreende, um toiro «quedado» revela um sentido de
defesa que o torna difícil quando não mesmo perigoso. (a)
(a)
-
É neste «estado», quedado - e não
aplomado como agora se diz -, que a grande maioria dos nossos cavaleiros
deixam o toiro para o FORCADO PEGAR, muitas das vezes, para satisfazer o seu ???
público, «espetam» mais um «ferrinho»!



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