- Existem três maneiras de «pegas de caras». A primeira, quando já não existe outra hipótese de não deixar o toiro ir «vivo», ou seja, quase a bater no «rabo» -como os antigos forcados, hoje ainda existo, mas com o toiro de frente - com o grupo todo em «molho», a que se chama «agarrar».
A segunda, nos mesmos termos, mas com o toiro dentro de «tábuas»e quase a «barbeá-las», ou seja a «sesgo». Nuno Salvação Barreto, seu inventor, recorria a esta técnica, mas com o toiro nos tércios, fazendo a diagonal para as «tábuas». Como é óbvio, nestas duas maneiras de «pegar» não existe cite, tempos e toureio, mas é imprescindível a sua utilização como último recurso para qualquer Grupo.
É verdade que estas situações surgem, ou porque o toiro apresenta defeitos não percetíveis aos cabos, ou porque o forcado da cara no «receber» não esteve como o cabo pretendia e se vai complicando, ou também porque o toiro se apresenta possante, com idade, «mexido» e manso, mas que se tenta na «cara» a primeira tentativa, indo depois a pior.
Na pega de «cara», depois de o toiro ficar colocado no terreno que o cabo instruiu ao bandarilheiro; com o toiro de frente para o forcado e os ajudas devidamente colocados, o “cite” pode começar. Deve dar-lhe todas as vantagens, mostrar-se bem, chamar e alegrar; parar, marcando a figura; mandar carregando a sorte, alegrando-o e falar; quando recua, trazer o toiro templado - a mesma velocidade relativa com que o toiro investe -; «consentir», e fechar-se na barbela ou na córnea e, se possível, também de pernas. No caso de o forcado ser «cornaleiro» directo, este deve «consentir» um pouco mais, dado «fechar-se» num movimento de braços mais curto.
Sendo o FORCADO a muleta do toureio da Corrida à Portuguesa, a «pega» de caras realiza-se marcando os três tempos do toureio apeado; PARAR, MANDAR E TEMPLAR.
OBS. - Não restam dúvida que a maior parte das ganadarias portuguesas têm encaste espanhol; sabemos também que no toureio a pé o toiro que “mete” um “piton - quer seja esquerdo ou direito -, este será feito pelo “piton” que está bom, no caso dos dois “maus”, despacha-o o mais rápido possível , torna-se evidente que em Portugal fazem a mesma coisa no toureio a cavalo, no “capote” e no Forcado da “cara”. Não sendo tão evidente no primeiro caso, no segundo observa-se melhor e no terceiro isso torna-se flagrante, uma vez que, se os toiros o fazem em lá, o mesmo sucede em Portugal, cuja «muleta» é o FORCADO .
A dificuldade em «pegar» avoluma-se, porque o mais provável é meter uma «bola» por entre as pernas, dar uma «bolada» e até «derrotar» inclinando o forcado para qualquer dos lados, o que faz que muitas das vezes caia fora da «caixa». São estes defeitos e outros, como por exemplo o toiro «burriciego» que sofre de «presbitismo» ou seja, vê ao longe, mas pouco ou nada ao perto; assim como o que não «humilha», em que mete a «cabeça» por alto a «atropelar».
O mesmo se passa quando um toiro humilha de mais. Aqui ao lado, quando o toureiro percebe isso, ainda tem a hipótese de o “levantar”, dado tornar-se perigoso tourear com o toiro a cheirar as «chinelas», pois no remate dos «lances» ou «passes», altura em que o toiro, por lhe faltar o «engano» que perseguia, o toureiro fica sujeito a um derrote mais ou menos pronunciado, consoante o estado em que o toiro se encontre.
De igual modo sucede com o FORCADO quando este o «templa»; o toiro «arma o derrote» nas “canelas».
Pode dizer-se… «mas o Cabo pode mandar levantar», pois pode, e é isso que manda fazer… mas às vezes há «orelhas moucas».
Todos estes defeitos e outros, muitas das vezes não são perceptíveis há maioria dos aficionados e «cronistas», razão porque é mais fácil dizer «o forcado da cara não esteve bem a receber».
Ou será que os toiros chegam à «PEGA de CARAS» sem defeitos? É que dentro da «teia», passa-se muita coisa e, se estivermos atentos, quando «toca para a cara», percebe-se isso. Não quer dizer que todos os forcados estejam bem com os toiros, de maneira nenhuma, porque alguns o não estão, só que a «pega”» é feita de muitos pormenores que, mesmo que possam parecer pequenos, interferem, e de que maneira, na conclusão de uma boa pega há primeira.
Fácil analisar e criticar, difícil é «pegar» em milésimos de segundo um «comboio» a mudar constantemente de «agulha», de «percurso» e que não abranda no «apeadeiro», nem para na «estação».
A segunda, nos mesmos termos, mas com o toiro dentro de «tábuas»e quase a «barbeá-las», ou seja a «sesgo». Nuno Salvação Barreto, seu inventor, recorria a esta técnica, mas com o toiro nos tércios, fazendo a diagonal para as «tábuas». Como é óbvio, nestas duas maneiras de «pegar» não existe cite, tempos e toureio, mas é imprescindível a sua utilização como último recurso para qualquer Grupo.
É verdade que estas situações surgem, ou porque o toiro apresenta defeitos não percetíveis aos cabos, ou porque o forcado da cara no «receber» não esteve como o cabo pretendia e se vai complicando, ou também porque o toiro se apresenta possante, com idade, «mexido» e manso, mas que se tenta na «cara» a primeira tentativa, indo depois a pior.
Na pega de «cara», depois de o toiro ficar colocado no terreno que o cabo instruiu ao bandarilheiro; com o toiro de frente para o forcado e os ajudas devidamente colocados, o “cite” pode começar. Deve dar-lhe todas as vantagens, mostrar-se bem, chamar e alegrar; parar, marcando a figura; mandar carregando a sorte, alegrando-o e falar; quando recua, trazer o toiro templado - a mesma velocidade relativa com que o toiro investe -; «consentir», e fechar-se na barbela ou na córnea e, se possível, também de pernas. No caso de o forcado ser «cornaleiro» directo, este deve «consentir» um pouco mais, dado «fechar-se» num movimento de braços mais curto.
Sendo o FORCADO a muleta do toureio da Corrida à Portuguesa, a «pega» de caras realiza-se marcando os três tempos do toureio apeado; PARAR, MANDAR E TEMPLAR.
OBS. - Não restam dúvida que a maior parte das ganadarias portuguesas têm encaste espanhol; sabemos também que no toureio a pé o toiro que “mete” um “piton - quer seja esquerdo ou direito -, este será feito pelo “piton” que está bom, no caso dos dois “maus”, despacha-o o mais rápido possível , torna-se evidente que em Portugal fazem a mesma coisa no toureio a cavalo, no “capote” e no Forcado da “cara”. Não sendo tão evidente no primeiro caso, no segundo observa-se melhor e no terceiro isso torna-se flagrante, uma vez que, se os toiros o fazem em lá, o mesmo sucede em Portugal, cuja «muleta» é o FORCADO .
A dificuldade em «pegar» avoluma-se, porque o mais provável é meter uma «bola» por entre as pernas, dar uma «bolada» e até «derrotar» inclinando o forcado para qualquer dos lados, o que faz que muitas das vezes caia fora da «caixa». São estes defeitos e outros, como por exemplo o toiro «burriciego» que sofre de «presbitismo» ou seja, vê ao longe, mas pouco ou nada ao perto; assim como o que não «humilha», em que mete a «cabeça» por alto a «atropelar».
O mesmo se passa quando um toiro humilha de mais. Aqui ao lado, quando o toureiro percebe isso, ainda tem a hipótese de o “levantar”, dado tornar-se perigoso tourear com o toiro a cheirar as «chinelas», pois no remate dos «lances» ou «passes», altura em que o toiro, por lhe faltar o «engano» que perseguia, o toureiro fica sujeito a um derrote mais ou menos pronunciado, consoante o estado em que o toiro se encontre.
De igual modo sucede com o FORCADO quando este o «templa»; o toiro «arma o derrote» nas “canelas».
Pode dizer-se… «mas o Cabo pode mandar levantar», pois pode, e é isso que manda fazer… mas às vezes há «orelhas moucas».
Todos estes defeitos e outros, muitas das vezes não são perceptíveis há maioria dos aficionados e «cronistas», razão porque é mais fácil dizer «o forcado da cara não esteve bem a receber».
Ou será que os toiros chegam à «PEGA de CARAS» sem defeitos? É que dentro da «teia», passa-se muita coisa e, se estivermos atentos, quando «toca para a cara», percebe-se isso. Não quer dizer que todos os forcados estejam bem com os toiros, de maneira nenhuma, porque alguns o não estão, só que a «pega”» é feita de muitos pormenores que, mesmo que possam parecer pequenos, interferem, e de que maneira, na conclusão de uma boa pega há primeira.
Fácil analisar e criticar, difícil é «pegar» em milésimos de segundo um «comboio» a mudar constantemente de «agulha», de «percurso» e que não abranda no «apeadeiro», nem para na «estação».
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