A FORÇA DA FRAQUEZA - Artigo de Opinião

 António D´Almeida Bello
Terceira, Festa de toiros e do Forcado Amador.

Na Terceira reina a paixão pelo toiro e pela cultura taurina, aliás muito própria dessa terra. As suas gentes são aficionadas e apaixonadas.

É o caso da Tertúlia Tauromáquica Terceirense (TTT) e dos seus associados. Fundada na década de 60 do século passado, a TTT é uma das instituições de utilidade pública mais respeitada nos últimos anos, e por via disso, das que mais subsídios públicos recebe do Governo Regional dos Açores e do munícipio de Angra do Heroísmo. Nos últimos anos, mais de meio milhão de euros foi o valor atribuído a esta instituição com o objectivo de desenvolver a cultura taurina, açoriana por sinal, através de congressos e espectáculos taurinos.

Com tanto reconhecimento, público e institucional, impunha-se um trabalho exemplar, imparcial e idóneo dos seus órgãos democraticamente eleitos, em representar a associação em juízo e em todos os actos públicos e particulares.

A actual Direcção da TTT com os dividendos públicos anseia, enganada por sinal, por um registo de dignificação das corridas espanholas em preterição da cultura local, enraizada até ao tutano por estes açoreanos terceirenses. É preciso “atingir os patamares de Espanha”, dizem-nos.

Mas vão ainda mais além. Oito mil euros por um valentaço Miura e chutar para canto touros da ilha e mais ainda, um curro completo de uma ganadaria local, já antes comprometida, é no minimo desprezível. Já em 2009, aquando da data dos 25 anos da inauguração da Praça de Toiros, também um outro José Albino Fernandes, por lapsus, foi o único dos fundadores da TTT que não constou no quadro de azulejos ali colocado.

Como de artistas falamos, no dia  21 de Junho de 2015, perante uma Praça bem constituída por aficionados, a Direcção da Tertúlia Tauromáquica Terceirense leu e distribuiu um comunicado, onde vem dizer, que o “Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande, decidiu hoje recusar-se pegar toiros que lhe cabiam em sorte” e no dia seguinte, um segundo comunicado, onde  iluminam o povo, estranhando que este mesmo grupo de forcados  “tivesse aguardado até ao último momento, ou seja, a confirmação da presença do toiro Miura na corrida e à visualização dos toiros que compunham o lote a concurso, para aí tomarem tão drástica e inusitada decisão.”

Perante terceirenses e emigrantes açorianos, ao por em causa a imagem e a honorabilidade de um grupo de forcados da terra, tanto acarinhado pelo povo, é um acto de quem não sabe onde está, para o que vai e de onde vem.

Mas agora também sabemos que os cem mil euros atribuídos pelo munícipio de Angra do Heroísmo não chegam para apoiar as touradas à corda das freguesias do concelho nem os direitos de imagem das corridas de praça. E ainda entendem que, censura deve fazer parte das Corridas de São João.

No dia 23 de Junho de 2015, em horário nobre e numa entrevista para o Telejornal da RTP Açores, Arlindo Teles, presidente da Direcção da Tertúlia Tauromáquica Terceirense referindo-se ao comentador taurino Duarte Bettencourt diz que, “Naturalmente que tivemos que advertir o meio de comunicação que tinha essa pessoa a comentar, que por razões óbvias, como o grupo (Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense) dizia que não actuaria, que esse comentador não podia estar presente no trabalho. Nunca dissemos que tinha que se fazer a transmissão por exemplo sem comentador, dissemos foi que aquele em concreto não poderia fazer comentário, não impussémos nenhum comentador em concreto, aquele é que não podia estar porque o grupo assim o impôs e tem esse direito como entidade detentora dos direitos de imagem.”

E por fim, mas não no fim, o mesmo artista - não desta mas de outras praças, utilizando o seu correio electrónico pessoal remeteu no dia 21 de Junho de 2015 para Adam Rocha, do site Califórnia Taurina - que mais não é do que um sítio visualizado por milhares de emigrantes açorianos - e com o conhecimento de José Gabriel Meneses e José Lima, Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, e do próprio Adalberto Belerique, Cabo do GFATTT, uma mensagem onde, outras também dizia: “Lembramos que o GFATTT não permite o uso de imagens suas comentadas pelo Sr. Duarte Bettencourt, conforme se pode verificar pelo mail reencaminhado abaixo”.

Um presidente da Direcção da TTT a expor a nú uma posição do grupo de forcados da TTT? Algo inédito em terras terceirenses, espanholas e mexicanas.

Seria correcto e admissível censurar o director de corrida, Carlos João Lourenço Ávila, secretário da Assembleia Geral da TTT? Ou José Paulo Rodrigues Pacheco de Lima, médico veterinário, da Direcção da TTT?

Considerando que, o respeito deve existir tanto nas acções como nas palavras, dentro e fora da praça, de todos os intervenientes, em especial os que têm a responsabilidade de aproximar grupos e não os dividir, aproximar os aficionados e não os lubriar, importa convidar a emigrar para o Reino de Espanha todos os que dos Açores e da Tauromaquia querem instituir um Reino.

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